Primeiras impressões: Peugeot 3008 Griffe 2015
Crossover passa pela primeira reestilização depois de quase quatro anos.
Apesar do aumento de R$ 2 mil, oferta de equipamentos foi reduzida.
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Crossovers são conhecidos por aliar, em um só carro, características de diversos segmentos. Os mais conhecidos possuem forma de utilitários esportivos, funcionalidade de minivans e comportamento de hatches. O Peugeot 3008, que se enquadra perfeitamente nesta descrição, acaba de ganhar a primeira reestilização.
Na linha 2015, o 3008 é oferecido em versão única, Griffe, já à venda por R$ 99.990. Até então, os clientes podiam escolher entre Allure, de R$ 89.990 e a própria Griffe, que custava R$ 97.990.
O "novo" 3008 chega ao país oito meses após apresentação na Europa, no Salão de Frankfurt.Lançado no Brasil no final de 2010, o crossover teve praticamente todas as mudanças concentradas na dianteira, mas sem revoluções.
Os faróis, que antes lembravam um triângulo estilizado, estão mais afilados e ganham um corte na porção inferior e luzes diurnas de led. Já o conjunto de luzes de neblina segue o formato redondo, mas estão em um novo nicho, com contornos cromados.
Cromada também é a nova grade, que, além de levar o nome da marca, abandona o formado de grelha com dez barras verticais e duas horizontais. O novo conjunto tem dois filetes horizontais prateados e seis verticais, pretos, em plano secundário.
A última grande transformação na dianteira fica por conta do leão símbolo da Peugeot, que abandona a moldura preta para se posicionar no topo do para-choque, em baixo relevo, rente à lataria.
Na traseira, as alterações foram bem mais sutis e se resumem, além do novo logotipo, às lanternas, que, apesar do mesmo formato, ganham nova disposição das lâmpadas – agora com leds – em formato de três barras.
Quando visto de lado, a única novidade no 3008 são as rodas, que mantiveram a medida de 17 polegadas, mas agora têm novo desenho e são diamantadas (com efeito brilhante e espelhado).
Primeiras impressões
No test drive de aproximadamente 200 km entre as cidades de Guarulhos (SP) e Itatiba (SP), G1avaliou o 3008, principalmente, em estrada. Destaque para a suspensão, com acerto voltado para a esportividade e ótimo comportamento em curvas. Porém, na cidade, aqueles que prezam por um rodar mais suave, poderão achá-la dura demais. A direção, que tem assistência elétrica, também poderia ser um pouco mais leve, sobretudo no ciclo urbano. Na estrada, entretanto, assim como a suspensão, o conjunto se mostrou acertado.
No test drive de aproximadamente 200 km entre as cidades de Guarulhos (SP) e Itatiba (SP), G1avaliou o 3008, principalmente, em estrada. Destaque para a suspensão, com acerto voltado para a esportividade e ótimo comportamento em curvas. Porém, na cidade, aqueles que prezam por um rodar mais suave, poderão achá-la dura demais. A direção, que tem assistência elétrica, também poderia ser um pouco mais leve, sobretudo no ciclo urbano. Na estrada, entretanto, assim como a suspensão, o conjunto se mostrou acertado.
Motor e câmbio "dialogam" bem. O propulsor é o mesmo THP que equipava o 3008 anterior e está em outros Peugeot e Citroën. Desenvolvido pela BMW, tem 1.6 litro e conta com turbo e injeção direta de gasolina, que, além de melhorarem o desempenho, ajudam a reduzir o consumo de combustível.
Os 165 cavalos dão conta com tranquilidade do crossover de 1.480 kg. Parte da responsabilidade de levar a potência até as rodas fica por conta da transmissão, automática de seis marchas, e com possibilidade de mudanças na alavanca. Apesar de não haver aletas para mudanças no volante, a caixa se mostra competente, gerenciando as trocas em faixas de rotação ideais. Com o modo Sport, ativado por um botão ao lado da alavanca, as trocas, tanto para cima, como para baixo, acontecem em regimes mais altos de rotação, o que adiciona certa dose de esportividade ao modelo.
Menos itens de série
Sem opcionais, o 3008 conta ainda, de série, com seis airbags (frontais, laterais e de cortina, que protegem a cabeça), freios ABS com controles de tração, estabilidade, repartidor de frenagem entre as rodas, assistência à frenagem de emergência e sensor de ré.
Sem opcionais, o 3008 conta ainda, de série, com seis airbags (frontais, laterais e de cortina, que protegem a cabeça), freios ABS com controles de tração, estabilidade, repartidor de frenagem entre as rodas, assistência à frenagem de emergência e sensor de ré.
Mesmo com aumento de preço de R$ 2 mil, o novo 3008 perdeu equipamentos na comparação com a linha 2014. Os bancos, que eram revestidos integralmente de couro, agora possuem uma porção central de tecido. O aquecimento dos assentos, embora dificilmente usado no país, também não é mais oferecido.
Outras ausências são os retrovisores rebatíveis eletricamente, espelho interno eletrocrômico (que se ajusta para evitar que faróis ofusquem a visão do motorista) e persianas nas janelas traseiras. Fazem falta ainda em um modelo dessas proporções o sensor de estacionamento dianteiro e a câmera de ré.
Interior não muda quase nada
O 3008 conta, desde a primeira geração, com um head-up display, uma placa de acrílico posicionada a frente do motorista, próxima ao para-brisa. Nela, são exibidas informações de velocidade e do piloto automático. A única novidade é que agora as informações têm novo grafismo, mais moderno e em cores.
O 3008 conta, desde a primeira geração, com um head-up display, uma placa de acrílico posicionada a frente do motorista, próxima ao para-brisa. Nela, são exibidas informações de velocidade e do piloto automático. A única novidade é que agora as informações têm novo grafismo, mais moderno e em cores.
A central multimídia, com tela de 7 polegadas também foi mantida. Ela reúne todas as informações de navegação e som. Uma comodidade é a possibilidade de ajustar a posição da tela da central em altura, inclusive rebatê-la totalmente quando fora de uso, o que é feito automaticamente pelo veículo quando a chave é retirada.
Os comandos preservam configurações antigas, como mostradores separados e menores, junto aos ajustes de ventilação e temperatura, para controlar o ar-condicionado. Apesar de estarem a mão, alguns desses comandos não são intuitivos. Os de áudio e piloto automático não ficam no volante, mas na coluna de direção. Para ajustar o volume do rádio, o motorista deve recorrer ao painel, já que o apêndice não possui tal função.
A entrada USB está na tampa do porta-objetos central, em uma posição pouco usual e de difícil acesso, principalmente, pelo passageiro.
Um aparato interessante é o assistente de arranque em rampa. O sistema segura o veículo em ladeiras (tanto subindo como descendo) por dois segundos, enquanto o motorista se prepara para fazer a manobra, que pode uma baliza ou uma simples saída de semáforo.
Conveniência de minivan
Mesmo sem nenhuma atualização, estar a bordo do 3008 é uma experiência mais confortável graças a algumas características típicas das minivans.
Mesmo sem nenhuma atualização, estar a bordo do 3008 é uma experiência mais confortável graças a algumas características típicas das minivans.
Há 11 porta-objetos na cabine, que totalizam 40 litros de capacidade. O maior deles, com 13,5 litros e refrigerado, é o compartimento que fica entre os bancos. Nele, é possível acomodar uma garrafa de 1,5 litro, com sobras para colocar ainda, celulares, chaves e outros objetos pequenos. Outro compartimento fica sob o assoalho, logo à frente dos bancos traseiros, capaz de abrigar uma garrafa de 500 ml.
O teto solar panorâmico é um capítulo à parte. Com 1,6 metros quadrados, ele proporciona ótima luminosidade à cabine, além de uma visão privilegiada, principalmente quando a paisagem externa colabora. O forro pode ser aberto ou fechado eletricamente. Já o vidro, com isolamento térmico, é fixo.
Os bancos traseiros acomodam bem três ocupantes e são elevados em relação aos dianteiros, o que acaba conferindo aos passageiros que viajam atrás um efeito arquibancada, com vista panorâmica.
Já o porta-malas, com capacidade para 512 litros, pode alcançar 1.008 litros com os bancos rebatidos, e pode acomodar objetos até a altura dos vidros, chegando a 1.241 litros. O acesso ao compartimento de bagagens é facilitado pela abertura com duas tampas. Quando a inferior está aberta, fica a apenas 70 centímetros do solo, e pode resistir até a 200 kg.
Mercado e concorrência
Os R$ 99.990 cobrados pela Peugeot, posicionam o 3008 entre versões básicas e completas de outros crossovers e utilitários esportivos. Ele é mais caro do que as opções de entrada de Mitsubishi ASX (R$ 85.990), Kia Sportage (R$ 94.600), Fiat Freemont (R$ 96.530), Hyundai ix35 (R$ 97.000) e Honda CR-V (R$ 98.900). Porém, em todos os casos, oferece mais equipamentos. Há, ainda outros SUVs mais caros, como Chevrolet Captiva (R$ 104.096) e Toyota RAV4 (a partir de R$ 105.900).
Os R$ 99.990 cobrados pela Peugeot, posicionam o 3008 entre versões básicas e completas de outros crossovers e utilitários esportivos. Ele é mais caro do que as opções de entrada de Mitsubishi ASX (R$ 85.990), Kia Sportage (R$ 94.600), Fiat Freemont (R$ 96.530), Hyundai ix35 (R$ 97.000) e Honda CR-V (R$ 98.900). Porém, em todos os casos, oferece mais equipamentos. Há, ainda outros SUVs mais caros, como Chevrolet Captiva (R$ 104.096) e Toyota RAV4 (a partir de R$ 105.900).
Equipando os rivais de modo a ficarem mais próximos com o Peugeot, todos se tornam mais caros. Neste caso, o concorrente que oferece o melhor custo-benefício em relação ao 3008 é o FiatFreemont, que na versão topo de linha, Precision, fica R$ 3.960 mais caro do que o Peugeot.
Por R$ 103.950, além de uma carroceria bem maior (veja tabela de concorrentes acima), o Freemont acomoda até sete passageiros, e possui ar condicionado de três zonas, retrovisores rebatíveis eletronicamente, espelho interno eletrocrômico, câmera de ré, DVD player e banco do motorista elétrico. Em contrapartida, o Peugeot tem conjunto mecânico mais refinado, além de ser quase 370 kg mais leve.
Conclusão
Apesar de ter perdido equipamentos e ficado mais caro, o 3008 melhorou no design, e conservou suas melhores qualidades, como o bom acerto entre motor e câmbio, o espaço interno generoso e a versatilidade da cabine. É uma opção para quem deseja gastar menos de R$ 100 mil em um modelo espaçoso. Mas se o potencial comprador quiser mais equipamentos, precisar levar mais do que cinco ocupantes ou não se importar tanto com desempenho, melhor pensar no Fiat Freemont, pelo lado do custo-benefício.
Apesar de ter perdido equipamentos e ficado mais caro, o 3008 melhorou no design, e conservou suas melhores qualidades, como o bom acerto entre motor e câmbio, o espaço interno generoso e a versatilidade da cabine. É uma opção para quem deseja gastar menos de R$ 100 mil em um modelo espaçoso. Mas se o potencial comprador quiser mais equipamentos, precisar levar mais do que cinco ocupantes ou não se importar tanto com desempenho, melhor pensar no Fiat Freemont, pelo lado do custo-benefício.
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