quarta-feira, 7 de maio de 2014

Modificar guidão pode prejudicar o controle da moto - REMAP Maringá - Auto Peças Maringá Distribuidor

07/05/2014 08h26 - Atualizado em 07/05/2014 09h33

Modificar guidão pode prejudicar o controle da moto

Peça é essencial para uma condução segura.
Colunista afirma que segredo é não exagerar nas alterações.

Roberto AgrestiEspecial para o G1
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Guidão alto deixa braços esticados em demasia (Foto: Flavio Moraes / G1)Guidão alto, estilo 'seca-sovaco', deixa braços esticados em demasia (Foto: Flavio Moraes / G1)
Gosto é como nariz, certo? Cada um tem o seu. Esperta, a indústria da motocicleta procura atender a cada um de nós de maneira quase que individual, criando motos de todo tipo e para todos os gostos. Mesmo com essa grande variedade, há quem queira algo mais – ou algo menos – e assim surgem as motos modificadas “ao gosto do freguês”, cada vez mais frequentes na paisagem nacional.
 
“Customização” é a palavra aplicada para, geralmente, definir o que os donos de Harley-Davidson e demais motos do estilo custom fazem com suas máquinas. A regra é: quanto menos original, melhor. E assim, dá-lhe detalhes: um cromado ali, um farolzinho acolá, e enquanto a coisa fica no nível do detalhe, tudo bem. Porém, quando as modificações atingem algo mais que delicado posicionamento de pilotagem, a coisa pode complicar.
Guidão estreito pode alterar dirigibilidade da moto (Foto: Roberto Agresti/G1)Guidão estreito pode alterar dirigibilidade da moto
(Foto: Roberto Agresti/G1)
A regra é usar o bom senso: um guidão altíssimo, no mais puro estilo “seca-sovaco”, pode comprometer a manobrabilidade da moto de uma maneira prejudicial à segurança. Do mesmo modo um guidão estreito, curto e baixo, totalmente oposto, também. Assim, fique esperto: motos são veículos que exigem domínio pleno e perfeito. Mesmo que você a utilize apenas para passear tranquilamente e não pilote esportivamente, a moto customizada deve continuar sendo 100% domável. Freios, embreagem e câmbio precisam ser acessíveis e funcionais tal qual no modelo saído de fábrica.

Mas você não faz parte da tribo custom e sua realidade não é desfilar de motocicleta. Na verdade, a moto para você é uma ferramenta de transporte ou até mesmo de trabalho, e modificações mais do que atender aspectos estéticos visam fins práticos. Neste caso, sua vida ao guidão se passa boa parte do tempo rodando pelo corredor entre os carros parados, um ambiente onde se sua moto fosse fina como um pente ela seria mais do que perfeita: nada de esbarrões nos espelhos retrovisores alheios, zero confusão com os enclausurados dos carros.
Para tornar isso algo próximo da realidade, a tentação de entortar o guidão ou mudar o original por um mais estreito é grande, e o mesmo ocorre com o posicionamento dos espelhos retrovisores e das manetes de embreagem e freio dianteiro. Inverter o lado dos espelhos é algo bem comum, assim como reposicionara as manetes, inclinando-as para cima, porém.... use seu bom senso!
Honda CG 125 Fan 2014 (Foto: Raul Zito/G1)Guidão original deixa motociclista em posição 
mais natural (Foto: Raul Zito/G1)
Um guidão estreito demais certamente facilita passar em frestas, mas oferece uma alavanca menor, alterando a dirigibilidade da moto de modo importante. Ou seja, não exagere. Com relação aos espelhos retrovisores, trocá-los de lado pode facilitar a vida entre os muros de carros, mas e quanto à visibilidade, função primordial e importante desse acessório?
Equilibrar a necessidade prática à exigências de segurança é básico. Já quanto a alterar o ângulo das manetes de freio dianteiro e embreagem, virando-as para cima de forma exagerada, esta é realmente uma péssima iniciativa: o que se ganha na “navegação“ entre o mar de espelhos retrovisores dos carros se perde em segurança.
Alterações dos comandos também pode ser prejudicial (Foto: Roberto Agresti/G1)Alterações dos comandos também devem ser sutis
(Foto: Roberto Agresti/G1)
Alterar o posicionamento destes comandos não é proibido, mas jamais de modo a ultrapassar o ângulo que as deixa paralelas ao chão. Passar deste limite exigirá das mãos um movimento antinatural, que prejudica não só o acionamento da alavanca (algo grave no caso do freio dianteiro, especialmente) como também poderá, a longo prazo, causar um problema físico em suas articulações e/ou tendões.
Enfim, como dito no início, neste tema de modificações vale sempre o bom senso: não é pecado você deixar sua moto com a “sua cara” e tampouco adequar os comandos à suas preferências e gostos, variando quando possível o posicionamento e conformação originais de guidão, manetes, pedaleiras e pedais.  Mas não esqueça que, antes de mais nada, vem a funcionalidade, que está diretamente associada ao fundamental domínio pleno dos comandos e, consequentemente, com a sua segurança.
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Roberto Agresti (Foto: Arquivo pessoal)

Roberto Agresti escreve sobre motocicletas há três décadas. Nesta coluna no G1, compartilha dicas sobre pilotagem, segurança e as tendências do universo das duas rodas.



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